Epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro que acontece sem causa especifica. Não deve estar relacionada à febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Por alguns segundos ou até minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local e neste caso chamamos de crise focal, ou se espalhar por todo o cérebro e então chamamos de crise generalizada.

A origem do problema pode ser devido a trauma na cabeça, trauma na hora do parto, abuso de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas. Em alguns casos pode ser de origem genética. É importante ressaltar que em alguns pacientes não encontramos uma causa definida para as crises.

Os sintomas são variados e dependem do tipo de epilepsia. Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises focais sem envolvimento cognitivo, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, apresentar um comprometimento da cognição, a crise será chamada de focal disperceptiva. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter problemas com a memória. Em crises generalizadas como as tônico-clônicas, o indivíduo primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido, depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises.

Presença de crise convulsiva significa uma disfunção cerebral e o médico especializado deverá ser consultado para elaboração do correto diagnóstico e tratamento. O diagnóstico depende de informações precisas do histórico do indivíduo. Informações colhidas com familiares são fundamentais, pois o diagnóstico de epilepsia é clinico, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Normalmente na investigação utiliza-se exames como eletroencefalograma e neuroimagem.

É importante procurar auxílio médico especializado o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos. Importante ressaltar que muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal. Em casos especiais pode-se lançar mão de tratamentos especiais como dieta hipercalórica, rica em lipídios, que é utilizada geralmente em crianças, canabinoides indicado em crianças com epilepsia grave e em determinados casos, a cirurgia pode ser uma boa alternativa. Importante lembrar que o bom controle das crises é fundamental, pois se a pessoa passar anos sem ter crises, pode ser considerada curada.